segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ETE - Estação Tratamento de Esgoto


ETE - Estação de Tratamento de Esgoto, é a unidade operacional do sistema de esgotamento sanitário que através de processos físicos, químicos ou biológicos removem as cargas poluentes do esgoto, devolvendo ao ambiente o produto final, efluente tratado, em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.

Ete - Lagoa da Conceição
Tipos de Tratamento de Esgoto
A CASAN utiliza os seguintes tipos de tratamento de esgoto:
• Lodos Ativados
o Modalidade aeração prolongada
o Modalidade valo de oxidação
• Lagoas de Estabilização
o Anaeróbia
o Facultativa
• Filtro Biológico
Lodos Ativados
É um processo biológico onde o esgoto afluente, na presença de oxigênio dissolvido, agitação mecânica e pelo crescimento e atuação de microorganismos específicos, forma flocos denominados lodo ativado ou lodo biológico. Essa fase do tratamento objetiva a remoção de matéria orgânica biodegradável presente nos esgotos. Após essa etapa, a fase sólida é separada da fase líquida em outra unidade operacional denominada decantador. O lodo ativado separado retorna para o processo ou é retirado para tratamento específico ou destino final.
Este processo de tratamento de esgotos apresenta vantagens e desvantagens:
Vantagens
- exige pouca área para implantação;
- maior eficiência no tratamento;
- maior flexibilidade de operação;
Desvantagens
- custo operacional elevado;
- controle laboratorial diário;
- operação mais delicada.
A CASAN adotou para o tratamento dos esgotos sanitários da área central de Florianópolis denominado de Sistema Insular, a modalidade aeração prolongada.
Lodo Ativado Aeração Prolongada
Utilizado em Florianópolis – Sistema Insular
As Fases do Tratamento:
• Pré – tratamento:
Gradeamento: O sistema de gradeamento é composto por 2 grades mecanizadas do tipo cremalheira;
Desarenação: O desarenador é do tipo gravimétrico com remoção de areia por processo mecânico, utilizando caçamba do tipo clamshell e operada com talha elétrica.
• Tratamento secundário:
O tratamento secundário é composto das seguintes unidades:
Seletor Biológico – É a primeira unidade do processo cuja função, através de misturador submergível, é misturar suavemente o esgoto bruto afluente com lodo ativado proveniente do processo de tratamento de aeração prolongada, evitando assim o desenvolvimento de microorganismos indesejáveis ao tratamento e melhorando a sedimentabilidade do lodo.
Câmara de disnitrificação – Da unidade anterior a mistura passa por esta câmara que, através de misturadores submersíveis, tem a função reduzir o nitrato sob a ação de microorganismos específicos. Tanto nesta unidade quanto a anterior as condições são anóxicas.
Tanques de aeração – Após este processo, a mistura vai para o reator biológico constituído por dois tanques de aeração. Cada tanque está equipado com oito aeradores mecânicos, de eixo vertical, apoiados em plataformas de concreto. A quantidade de oxigênio introduzido na mistura através dos aeradores propicia o desenvolvimento de bactérias aeróbias que irão digerir a matéria orgânica carbonácea e a nitrificação do nitrogênio orgânico total remanescente do afluente bruto.
Decantador secundário – A decantação é realizada por três decantadores de formato circular. Nesta unidade os flocos formados nos tanques de aeração se sedimentam e são encaminhados para um poço central que está interligado ao poço de sucção de uma elevatória de retorno de lodo que, através de uma canalização pressurizada remove o mesmo para recirculação ou descarte do excesso.
Adensadores de lodo - São do tipo gravimétrico, com removedor mecânico. A função desta unidade é reduzir a quantidade de água contida no lodo sedimentado nos decantadores.
Sistema de desidratação – esta unidade é composta de tanque de armazenamento de lodo adensado de formato circular com removedor mecânico, sistema de recalque para transferência de lodo adensado, sistema de pré-condicionamento químico de lodo adensado, com suspensão de cal e de solução de polieletrólito.
Prensa desaguadora – Opera com duas unidades e a torta produzida tem teor de sólidos na faixa de 18 à 20 %. Esta torta de lodo é encaminhada até o local de estocagem através de correia transportadora para posterior disposição em aterro sanitário.

Valo de Oxidação
Os valos de oxidação são unidades compactadas de tratamento com os mesmos princípios básicos da aeração prolongada e constituem estações de tratamento completo de nível secundário. Suas instalações, com o mínimo possível de unidades de tratamento, concentra processos físicos químicos e biológicos.
A decantação no final é uma inclusão optativa e dependem do tipo de operação estabelecido mas, a existência desta unidade no efluente do valo eliminará sólidos decantáveis transportados além de permitir o funcionamento contínuo do sistema.
As unidades mais simples são compostas de:
dispositivo de entrada: caixa de passagem e de distribuição quando houver mais de um valo que podem ser precedidas por sistema de gradeamento e medição;
tanque de aeração: têm os formatos mais variados, sendo que o mais comum é o de fluxo orbital. O importante sobre o seu funcionamento é que seja mantido os critérios estabelecidos para a velocidade média do fluxo de 0,3m/s durante o período de operação e que o fluxo escoe sem a possibilidade de zonas mortas.
O esgoto é submetido a um processo de aeração onde ocorre a oxidação biológica e o que promove o crescimento de flocos biológicos e consequentemente a redução da DBO (Demanda bioquímica de Oxigênio).
dispositivo de saída: são projetados em função do tipo de operação, que poderá exigir fluxo contínuo ou intermitente.

Sistema de tratamento de esgotos da Lagoa de Conceição – Florianópolis

A Casan adotou esse tipo de tratamento para as seguintes localidades:
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Florianópolis – Canasvieiras
Pré – tratamento:
Gradeamento – Estão instaladas duas grades de barra para limpeza manual.
Desarenador – Caixa de areia com aeração.
Tratamento secundário:
O tratamento secundário é composto das seguintes unidades:
Seletor biológico – E a primeira unidade do processo, cuja função é evitar o desenvolvimento de microorganismos indesejáveis ao tratamento e melhorar a sedimentabilidade do lodo.
Câmara de disnitrificação – Da unidade anterior a mistura passa por esta câmara tem a função reduzir o nitrato sob a ação de microorganismos específicos. Tanto nesta unidade quanto a anterior as condições são anóxicas.
Valos de oxidação – Após este processo a mistura vai para o reator biológico formado por três valos de oxidação rasos. Cada valo tem fluxo orbital está equipado com dois aeradores mecânicos, de eixo horizontal, apoiados em plataformas de concreto. A quantidade de oxigênio introduzido na mistura através dos aeradores propicia o desenvolvimento de bactérias aeróbias que digerirão a matéria orgânica carbonácea e a nitrificação do nitrogênio orgânico total remanescente do afluente bruto.
Decantador secundário – A decantação é realizada por um decantador de formato circular. Nesta unidade os flocos formados nos tanques de aeração se sedimentam e são encaminhados para os leitos de secagem, ou retornam para o seletor biológico.


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Santo Amaro da Imperatriz
Pré – tratamento:
Gradeamento – Estão instaladas três grades de barra de retenção de sólidos grosseiros com limpeza manual.
Desarenador – Caixa de areia
Tratamento Secundário:
Valo de oxidação seguido de decantador Dortmund lagoa de estabilização e leito de secagem.
Descrição do funcionamento: O efluente passa inicialmente pelo gradeamento e caixa de areia, que retêm materiais grosseiros e areia. Em seguida é submetido à aeração, nos dois valos de oxidação. Do valo de oxidação, o efluente segue para o decantador, que dá origem a um líquido clarificado e isento de sólidos sedimentáveis. Finalmente o efluente é encaminhado para lagoa de estabilização e o lodo proveniente do decantador é disposto nas células do leito de secagem .

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Florianópolis - Lagoa da Conceição
Pré – tratamento:
Gradeamento e caixa de areia e caixa de gordura.
Tratamento Secundário:
Os dois valos de oxidação, decantador secundário e leitos de secagem e infiltração.
Descrição do funcionamento: O efluente passa inicialmente pelo pré-tratamento. Em seguida, vai para os dois tanques de aeração de fluxo orbital com aeradores do tipo eixo inclinado. Do valo de oxidação, o efluente vai para o decantador secundário e quando sai deste é infiltrado nas dunas, enquanto que o lodo é recirculado e o excesso é disposto nos leitos de secagem.

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Concórdia – Fragosos
Pré-tratamento:
Caixa de areia e medidor Parshall;
Tratamento Secundário:
Valo de oxidação, decantador secundário e leito de secagem.
Descrição do funcionamento: O efluente passa inicialmente pelo pré-tratamento. Em seguida, vai para um tanque de aeração, com aerador do tipo eixo inclinado. Do valo de oxidação, o efluente vai para o decantador secundário e o efluente vai para o corpo receptor , enquanto que o lodo em excesso é disposto no leito de secagem


Lagoas de Estabilização
Processo simples e natural para tratar esgotos domésticos e o seu principal objetivo é remover matéria orgânica.
São indicados para as condições brasileiras devido ao clima favorável, suficiente disponibilidade de área, à operação simples e à utilização de poucos equipamentos.
As lagoas de estabilização podem ser classificadas em três tipos: lagoas anaeróbias, lagoas facultativas e lagoas de maturação.
Lagoas anaeróbias: São lagoas com profundidades da ordem de 3 a 5 metros, cujo objetivo é minimizar ao máximo a presença de oxigênio para que a estabilização da matéria orgânica ocorra estritamente em condições anaeróbias.
A eficiência nesse tipo de sistema poderá atingir até 60% na remoção de DBO ( Demanda Bioquímica de Oxigênio) dependendo da temperatura.
Lagoas facultativas: São lagoas com profundidade de 1,5 a 3 metros. Neste tipo de lagoa ocorrem 2 processos distintos: aeróbios e anaeróbios. Na região superficial ocorre os processos fotossintéticos realizados pelas algas onde há liberação de óxigenio no meio, favorecendo o processo aeróbio e, no fundo quando a matéria orgânica tende a sedimentar ocorrem os processos anaeróbios.
Lagoas de maturação: São lagoas com profundidades de 0,8 a 1,5 m e sua principal função é remover patogênicos devido a boa penetração de radiação solar, elevado pH e elevada concentração de oxigênio dissolvido.
O arranjo destes três tipos de lagoas adotado pela CASAN são os seguintes:
• Florianópolis: Área Continental - Sistema de Potecas
O sistema funciona em série com uma lagoa anaeróbia seguida de três lagoas facultativas chicanadas.
A lagoa anaeróbia possui uma superfície triangular de 72.972 m2 com profundidades úteis médias de 2,60 m junto aos diques e 3,30 na área restante e a alimentação do esgoto bruto é feita na extensão do triângulo através de um canal.
As lagoas facultativas 1, 2, e 3 possuem profundidades de 1,70 m, com cortinas para direcionamento de fluxo.

Florianópolis: Área Continental - Sistema de Potecas

Filtro Biológico (Leito Percolador)
Filtros biológicos são unidades de tratamento de esgotos destinados a oxidação biológica da matéria orgânica remanescente de decantadores.
O efluente do decantador é aspergido continuamente sobre um leito de pedras justapostas entre os quais o ar pode circular.
O ambiente ecológico desempenhado pelo filtro biológico tem como condicionantes a matéria orgânica, luz, oxigênio temperatura e pH.O leito de pedras, atravessado por líquido contendo matéria orgânica e os outros fatores acima citados, propicia o desenvolvimento de microrganismos aeróbios. A variabilidade dos fatores de oxigenação também permite desenvolvimento anaeróbio resultando uma alternância de condições que permite a predominância de organismos facultativos.
As populações microbianas nos leitos dos filtros biológicos são principalmente bactérias heterotróficas formadoras da zooglea, são consumidoras da matéria orgânica predominante e por isso consideradas os principais agentes primários da purificação.

Fonte: http://www.casan.com.br/index.php?sys=138

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